Em viagem ao RS, maranhense relata experiência em meio a enchentes no estado: 'Nunca tinha visto algo assim'

  • 06/05/2024
(Foto: Reprodução)
Maranhense Diego Lobato estava em viagem com a família em Porto Alegre (RS) quando foi surpreendido com as chuvas e as enchentes que atingem a cidade. Ao g1, ele relatou a experiência em meio a tragédia no Rio Grande do Sul. Maranhense registra rastro de destruição causado pelas chuvas no RS Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul deixaram mais de 80 mortos e tem afetado 850 mil pessoas, segundo novo boletim divulgado nesta segunda-feira (6). Maranhenses que estavam na região também acabaram sendo afetados pelo rastro de destruição deixado pela chuva. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Maranhão no WhatsApp O maranhense Diego Lobato, de 37 anos, é uma dessas pessoas. Natural de São Luís, ele vive há mais de 15 anos em Curitiba (PR) e viajou à Porto Alegre, uma das cidades mais afetadas pelo temporal, para encontrar seus pais que haviam vindo do Maranhão para realizar uma viagem em família pelo sul do país. A situação foi registrada por vídeos feitos por Diego (Veja o vídeo acima). Ao g1, ele diz que os pais, Gilvan Lobato e Rosângela Lima, chegaram em Porto Alegre na quarta-feira (1º) e nessa altura, já chovia na cidade e aos poucos, o rio Guaíba, que banha a cidade, já começava a subir. "Quando meus pais chegaram, já estava dando problema em relação à atraso de voo, por causa das chuvas, mas não tinha nada muito grave. A gente sabia que estava chovendo na região, mas por uma infeliz coincidência, meus pais acabaram ficaram no pior ponto para inundação, que foi o centro da cidade", conta Diego. Maranhense Diego Lobato registrou em vídeos o alagamento causado pelas chuvas em Porto Alegre (RS) Reprodução/Redes Sociais O maranhense só chegou a capital gaúcha na quinta-feira (2). Diego Lobato conta que a situação piorou na madrugada de sexta-feira (3), quando as águas do rio Guaíba começaram a invadir as ruas de Porto Alegre. Morador há anos da região, ele afirma que nunca havia vivido uma situação semelhante. "A gente via pela janela de trás o Guaíba [rio] subindo, mas nunca pensei que pudesse chegar nesse ponto. Eu moro aqui há muitos anos e nunca tinha visto algo assim. Acordamos com a moça da portaria do hotel ligando dizendo que a gente tinha que tirar o carro urgente porque ela tava subindo. Em menos de dez minutos, a gente já não conseguia sair do hotel", relembra o maranhense. Justiça do Maranhão destina recursos para ajudar desabrigados no Rio Grande do Sul Imagens mostram a cheia do rio Guaíba em Porto Alegre (RS) Logo após o começo da inundação tomar conta das ruas de Porto Alegre, Diego Lobato e os pais precisaram antecipar a ida para o próximo destino da viagem e sair as pressas do hotel que também acabou ficando tomado pela água. "Foi muito desesperador ver tudo isso. Meu pai precisou ser atravessado de um lado a outro da avenida de pijama. É bem triste ver toda a cidade debaixo d'água e o que mais me surpreendeu, é a rapidez como tudo aconteceu", diz. Maranhenses Diego Lobato, Gilvan Lobato e Rosângela Lima estavam em Porto Alegre durante as enchentes Arquivo pessoal A família saiu de Porto Alegre para Gramado. Ao g1, ele conta que por conta da situação das chuvas que, atingem outras cidades RS e tem afetado o tráfego nas rodovias, eles estão tendo dificuldades para conseguir chegar em Florianópolis (SC). Um dos problemas, é a falta de combustível nos postos de gasolina. "Saímos as pressas de Porto Alegre e fomos para Gramado que é na serra, um pouco mais alto. Agora tem sido muito difícil conseguir chegar em Florianópolis, porque as estradas estão bloqueadas, há trânsito e, principalmente, falta combustível nos postos", disse. Após chegar em Florianópolis, a família deve seguir até Curitiba, cidade onde o maranhense vive. Diego Lobato conta que por conta da situação no Rio Grande do Sul, ele precisou comprar uma outra passagem de avião para os pais retornarem para o Maranhão, saindo da capital paranaense. "A gente sai para uma viagem e acontece uma coisa dessas. Eu achava que era exagero, mas nunca pensei que fosse chegar nesse ponto. Você se sente sem saber o que fazer", finalizou. Maranhense registrou em vídeos a situação da capital do Rio Grande do Sul Reprodução/Redes Sociais Chuvas no RS O número de mortos em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 83, de acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã desta segunda-feira (6). São investigadas outras 4 mortes. Além disso, há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas. Conforme o levantamento da Defesa Civil, são 141,3 mil pessoas fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 345 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas. Como ajudar as vítimas dos temporais no RS Saiba como receber alertas e informações úteis de órgãos oficiais O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15 desta segunda-feira (6), o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros. Compare imagens das cheias de 1941 e de hoje em Porto Alegre O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais. Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, há previsão de mais chuva. A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.

FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2024/05/06/em-viagem-ao-rs-maranhense-relata-experiencia-em-meio-a-enchentes-no-estado-nunca-tinha-visto-algo-assim.ghtml


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